A parvovirose é uma gastroenterite hemorrágica causada pelo parvovírus. Acomete principalmente os cães filhotes e adultos não vacinados ou com o protocolo incompleto da imunização.
“É uma doença que não tem um tratamento específico, e sim um tratamento de suporte. Em resumo, corrigimos a desidratação, controlamos o vômito e a diarreia. Na maioria dos casos, necessita de internação porque o vírus debilita muito o sistema imunológico do animal”, explica a médica-veterinária Victória Faria.
Os principais sintomas da parvovirose são: diarreia sanguinolenta, vômito, falta de apetite, perda de peso e apatia. A transmissão acontece por contato com as fezes de outros cães infectados. A doença não é transmitida para humanos e nem para gatos.
A veterinária esclarece que o diagnóstico pode ser feito a partir de testes rápidos para a doença, que coletam as fezes direto da mucosa retal do animal. O resultado é rápido e sai entre 8 e 10 minutos.
“Aprevenção é a partir da vacinação, e, na maioria das vezes, inicia-se o protocolo vacinal a partir dos 45 dias de vida, mas isso não é uma regra. Existem animais que começam mais cedo, com 30 dias. O esquema completo da vacinação no primeiro ano de vida é essencial, assim como a revacinação anual. A vacina que combate a parvovirose é a V8 ou a V10, e imuniza o animal também contra outras doenças, como cinomose, influenza e leptospirose”, reforça a veterinária Victória.
Durante a internação, a veterinária explica que o cão precisa ficar em uma área de isolamento de outros animais, uma área aberta, sem ar-condicionado, com várias janelas para circular a ventilação. Além disso, o parvovírus é extremamente “estável” e resistente ao ambiente, fazendo necessária a desinfecção do local com hipoclorito de sódio. Cães portadores da doença devem permanecer isolados de outros cachorros até o término do tratamento.
Controlados os sintomas da desidratação, vômito e diarreia, o animal pode seguir o tratamento em casa. “Algumas raças como Rottweiler, Pastor Alemão, e outras raças grandes, são bem mais sensíveis ao vírus. Eles debilitam muito mais fácil. Em alguns casos, pode ser letal”, alerta a veterinária Victória.